Erre | Texto II

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Querida criança,
Pois bem, eu fui instruída a fazer essa carta te explicando como fazer a coisa certa. Como não cometer os mesmos erros que eu cometi. Simplesmente, não faça as coisas certas. "Mas como assim?" você deve estar pensando, "a carta não era para me dar dicas de não errar? De acertar nas minhas escolhas?". Deixa que eu explico. Sim, era para eu te dizer como acertar. Mas sinceramente? Nem eu sei como agir de forma correta, eu erro muito, e eu erro de novo. Eu passo vergonha na frente dos outros com meus erros... Mas sabe? O único jeito de fazer a coisa certa é errando. Clichê? Pois é. Você, possivelmente, já botou a mão no forno, não é? Era errado, mas depois que você sentiu a dor você aprendeu. A vida é assim. Essa seria a palavra que descreveria a vida: aprendizado. Eu gosto de errar. Minha cara, espero que você acabe gostando também. Eu conheço tanta gente, que não aceita o erro e que o repete. Que não aprende. Essa com certeza é parte que mais odeio no ser humano. Aceite. Aceite que você cometeu o erro, goste de errar e de aprender. Não erre e repita. Erre e acerte. Hum, acho que já divaguei demais nessa minha carta. Talvez esse seja um outro erro meu.